Regina Papini Steiner

Ignorância e Arrogância: Trump no poder e a resposta inteligente de Lula e do mundo

Ignorância e Arrogância: Trump no poder e a resposta inteligente de Lula e do mundo
Com Donald Trump novamente na presidência dos Estados Unidos, o mundo assiste à volta de uma política externa marcada por ignorância, arrogância e desprezo pelo diálogo multilateral. Seu retorno ao cargo mais poderoso do planeta reacende tensões diplomáticas, entre elas as relações com o Brasil tratadas por Trump com superficialidade, estigmas e desinformação.
Trump não demonstra o menor interesse em compreender o papel estratégico do Brasil no cenário ambiental global. Para ele, a Amazônia é apenas uma peça no jogo de interesses econômicos, ignorando que sua preservação é vital para o equilíbrio climático do planeta. Em discursos recentes, voltou a atacar políticas ambientais e a desdenhar dos esforços internacionais de combate à mudança climática postura que isola os EUA e tenta empurrar países como o Brasil para um alinhamento desastroso.
Diante dessa postura retrógrada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem representado uma alternativa lúcida. Em sua diplomacia firme e responsável, Lula reafirma o compromisso do Brasil com a democracia, o meio ambiente e os direitos humanos. Em contraste com os arroubos de Trump, Lula busca a construção de pontes com a América Latina, com a Europa, com a África e com os países da Ásia , reforçando a imagem de um Brasil que voltou ao debate internacional com inteligência e propósito. Lula tem se empenhado em fortalecer os laços latino-americanos, apostando na cooperação regional e na valorização de uma identidade comum baseada na justiça social, na integração econômica e no respeito à diversidade. Ao mesmo tempo, o Brasil sob Lula tem reafirmado seu protagonismo no BRICS, buscando um sistema internacional mais justo, onde países em desenvolvimento tenham voz real nas decisões globais.
A resposta do mundo, aos poucos, também se desenha: cresce a rejeição ao autoritarismo performático e à política do confronto. Líderes como Trump, que transformam a ignorância em bandeira e a arrogância em método de governo, enfrentam uma resistência crescente da sociedade civil, da imprensa livre e de países que se recusam a ser cúmplices de retrocessos.
Lula, com sua história e experiência, representa uma outra lógica: a do diálogo, da soberania com responsabilidade e da política como instrumento de paz e justiça social. Em tempos tão instáveis, essa postura não é apenas necessária é urgente.
por Regina Papini Steiner
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