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Pedra Bela,03/09/2025

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Rubens Bernardo Tomas

Quantos são?

By RDNE
Quantos são?

Quantos são e por que esse número importa

Segundo estimativas da International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (ILGA), cerca de 50 milhões de africanos não são heterossexuais . Este valor representa aproximadamente 4 % a 5 % da população do continente (que totaliza cerca de 1,3 bilhão de pessoas), reconhecendo, porém, que muitos permanecem invisíveis pela estigmatização institucional e social.

Em países específicos, há estudos mais detalhados: na Nigéria, onde atos homoafetivos são criminalizados, estima-se entre 15 e 20 milhões de pessoas LGBTQ+. Na Quênia, a Gay & Lesbian Coalition of Kenya projeta cerca de 1,3 milhão de pessoas LGBTQ+ .

Esses números não são exatos  refletem subnotificações e coletivos invisibilizados por leis repressivas. Ainda assim, eles desafiam narrativas que veem a presença LGBTQIA+ como coisa “importada” ou “anormal”.


📰 Crítica social: invisibilidade estrutural e lei

É emblemático que, apesar de milhões viverem com essas identidades, 31 dos 54 países africanos ainda criminalizam a homossexualidade, e leis pesadas persistem  incluindo prisão, caning, e até pena de morte em alguns estados do Norte da Nigéria e Somália .

No caso extremo de Uganda, desde 2023 vigora uma lei que prevê a pena de morte para a “homossexualidade agravada” e até 20 anos de prisão para promoção de direitos LGBTQ+ 

Mesmo em países onde a homossexualidade foi descriminalizada  como Rwanda, Senegal, Gabão ou Costa do Marfim os direitos civis e sociais permanecem precários. O medo de perseguição impede que muitas pessoas assumam sua orientação ou identidade com segurança.


🧭 Reflexão opinativa sobre os desafios

A invisibilidade não apaga a realidade. Aqueles 50 milhões que habitam esse continente  alguns em liberdade jurídica, outros na clandestinidade  vivem sob a ameaça da discriminação, da violência institucional e social, e da negação de serviços básicos como saúde, emprego e justiça .

Essa negação afeta principalmente pessoas trans e intersexo, cujo reconhecimento legal é permitido em apenas 4 países africanos . A crise de acesso a tratamento contra HIV, atendimento psicológico e apoio às vítimas de violência agrava-se quando o usuário esconde sua identidade por medo de ser enquadrado na lei.

É necessário entender que essas leis não visam apenas criminalizar atos, mas erodir a humanidade das pessoas LGBTQIA+, tornando-as invisíveis ou descartáveis perante a sociedade. Isso alimenta a ideia de que ser LGBTQIA+ é uma “anomalia”, reforçando discursos de ódio e desinformação.


✅ Conclusão: reconhecimento, resistência e mudança

Contar essas pessoas importa para tirá-las da sombra legislativa, dar visibilidade política e justificar investimentos em direitos básicos. É um passo essencial para:

  • pressionar por leis antidiscriminação;

  • permitir o acesso a serviços de saúde específicos;

  • proteger pessoas LGBTQIA+ de violência e exclusão.

A verdade é clara: por mais que as elites políticas tentem apagar milhares de vozes, os LGBTQIA+ existem e resistem, até nas regiões mais hostis. Defender seus direitos não é importar valores de fora  é reconhecer que milhões de africanos estão aqui, deixando claro que negar sua existência é negar parte da realidade do presente.



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