Regina Papini Steiner

A Paz: Um Desafio Permanente em Tempos de Ruído

A Paz: Um Desafio Permanente em Tempos de Ruído
Vivemos em uma era marcada pela velocidade da informação, polarizações políticas intensas, conflitos armados e tensões sociais cada vez mais visíveis. Falar sobre a paz, portanto, não é apenas um exercício de esperança é um ato de resistência.
A paz, muitas vezes romantizada como ausência de guerra, vai muito além do silêncio das armas. Ela exige justiça, empatia, diálogo e estruturas sociais que garantam dignidade a todos. Não se constrói paz onde há fome, onde reina a desigualdade, onde os direitos humanos são violados ou onde as vozes minoritárias são silenciadas.
O mundo atual nos desafia a enxergar a paz como um processo ativo. É necessário aprender a escutar o outro, mesmo quando há discordância. A paz não se impõe ela se constrói, com gestos diários, com políticas públicas eficazes, com educação e com coragem de enfrentar o ódio e a intolerância.
No Brasil, por exemplo, onde convivemos com altos índices de violência urbana e um histórico de exclusão social, a paz não pode ser encarada como um ideal utópico. Ela precisa ser tratada como uma prioridade urgente. Não haverá segurança verdadeira enquanto comunidades inteiras forem abandonadas pelo Estado. Não haverá harmonia enquanto parte da população não puder caminhar com liberdade por medo de sua cor, classe ou identidade.
A paz é uma construção coletiva. É política, é ética e é profundamente humana. Requer coragem para romper ciclos de violência e ousadia para propor novos caminhos. Que a paz deixe de ser apenas um slogan e se torne, de fato, um projeto de sociedade.
Por Regina Papini Steiner
COMENTÁRIOS