Regina Papini Steiner

Traição, Covardia e Cinismo: A Vergonhosa Diáspora da Família Bolsonaro

Não é apenas oportunismo político. O que a família Bolsonaro protagonizadesde que perdeu o poder é uma verdadeira tragédia moral para a democraciabrasileira uma combinação de covardia,mau-caratismo e deslealdade com o país que dizem amar.
A ida frequente de Jair Bolsonaro aos EstadosUnidos, onde se comporta como exilado voluntário de luxo, revela mais do que umreceio de processos judiciais ou investigações. Trata-se de uma estratégiacínica e calculada de quem usa a pátriacomo palco quando lhe convém, e a abandona quando precisa prestar contas àJustiça.
A ironia está em que esse mesmo grupo, quedurante quatro anos jurou amor incondicional à pátria, armou a população contraas instituições democráticas, militarizou o discurso público, atacou a imprensae semeou desinformação, agora vive de falar mal do Brasil em eventosinternacionais, como pseudovítimas de umsuposto regime ditatorial que nunca existiu. Uma distorção perversa darealidade e da história.
O desrespeitoà soberania nacional é gritante. Em vez de contribuírem para o debatedemocrático e assumirem as consequências de seus atos, os Bolsonaro fogem doenfrentamento. Usam passaportesdiplomáticos, redes de apoio internacionais e financiamento duvidoso para seprotegerem, enquanto brasileiros enfrentam crises deixadas por suagestão.
A verdade é dura: a família Bolsonaro age como traidora dos princípios republicanos.Articulam com grupos de extrema direita nos EUA, fazem alianças com figurasreacionárias e conspiram contra o próprio país. Não há patriotismo, há apenasprojeto pessoal de poder, lucro e vingança.
O que estamos vendo é um projeto político transnacional de extrema direita,que encontra terreno fértil fora do Brasil para manter viva sua influência. A pátria, para eles, sempre foi um slogan, nuncauma responsabilidade.
Fugir do Brasil e, de fora, tentardesestabilizar instituições democráticas é covardia com C maiúsculo. É a marca de quem não temcompromisso com o povo, apenas com seus próprios privilégios e narrativas deautoproteção. É a sem-vergonhice elevadaà potência máxima, sustentada por fake news, discursos inflados efalsas perseguições.
A história há de cobrar. E a justiçabrasileira também. Porque não há fake news que dure para sempre, e nem exílioque apague os rastros de crimes. A impunidadetalvez ainda respire, mas não está garantida. Mais cedo ou mais tarde,a verdade e a lei se encontram.
por Regina Papini Steiner
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